Jack Welch, presidente da GE (General Eletric) nos EUA. Em sua gestão, de 1981 a 2004 o valor de mercado companhia saltou de 14 bilhões para 410 bilhões de dólares. Escritor renomado e um dos grandes gurus sobre liderança, tem escrito diversos livros, dentre os principais temos:
- Jack Definitivo: Segredos do Executivo do Século
- Paixão por Vencer: A Bíblia do Sucesso
O que chama atenção e ele sempre fala em suas entrevistas é sua teoria 20-70-10. Welch atribui a essa teoria o seu sucesso na liderança da GE. Sobre a teoria temos que 20 representa os 20% das pessoas que são essenciais para o negócio, são aquelas pessoas estratégicas para as organizações, os principais cérebros da empresa dos quais a empresa precisa reter e manter perto de si. O 70 representa os 70% das pessoas de uma empresa que são necessários para que a empresa funcione, mas não são essenciais, são pessoas importantes dado que a empresa precisa se movimentar e alguém que seja o motor da organização. Já o 10 são os 10% das pessoas de uma empresa que precisam ser trocadas constantemente, é preciso identificá-los para que eles não atrapalhem o caminhar do negócio.
Como sou amante do Nordeste, do nosso regionalismo e cultura, como também nossa linguagem diversificada e interessante, resolvi dá uma roupagem diferente a essa teoria dando-a um aspecto cearense na sua forma de linguagem.
A dinâmica das organizações é repleta de novidades, coisas que acontecem e muitas vezes passam desapercebidos pela correria do dia-à-dia. Nesse recursos, situações adversas, problemas variados, lideranças que se formam e pessoas diferentes. Estas últimas são, em sua maioria, alvo constante de artigos que buscam classificar os tipos de pessoas encontradas em uma empresa.
À moda cearense podemos classificar os funcionários em três:
- O funcionário égua (70);
- O funcionário fi-duma-égua (10);
- O funcionário pai d’égua (20);
1. O funcionário égua (70%):
É aquele funcionário mediano, que para ele tanto faz, como tanto fez. Chega ao trabalho todos os dias no horário, mas também sai exatamente no horário, hora-extra nem pensar. Faz exatamente o que lhe pedem e nada mais do que isso. Não cria, não se relaciona, não melhora o ambiente. Quando é demitido ainda se acha injustiçado por tantos anos dedicados à companhia, sem um dia de falta, ou mesmo atraso, mas que não acrescentaram uma vírgula naquela empresa para um maior crescimento. Fizeram somente o necessário, o básico, àquilo que se espera dele e isso todo mundo já o faz!
Ou seja, o 'funcionário égua' apenas esqueceu de fazer parte da empresa em que ele estava.
2. O funcionário fi-duma-égua (10%):
Esse é uma dor-de-cabeça. Nunca chega no horário, mas sempre sai no horário, ou até antes dele. Gosta de “matar” uma horinha de trabalho e adora um feriado, mesmo que todos os dias já são como se fossem um, e ainda por cima reclama de tudo, principalmente do salário que ele julga ser pouco tendo em vista tanto horas que ele dedica de trabalho a empresa.
Não faz o trabalho corretamente, nem mesmo o que deve ser feito. Falar de treinamento fora do expediente é mesmo que não contar com sua presença. Não repassa informações, não dá satisfação ao chefe nas suas atividades e quando este se ausenta da sala, pronto - é hora de festa.
É o cabeça das rebeliões da empresa, está sempre na contramão das atividades do RH, que para ele é coisa do inferno.
Com certeza você tem um desses na sua empresa e sabe exatamente do estou falando.
3. O funcionário PAI D’ÉGUA (20%):
Sabe aquela história de “o cara”?! Podemos chamar assim nosso terceiro tipo de funcionário. Este sim, você pede para ele ir uma légua (6 km) e ele vai duas, pois vai trazer o máximo de informações e com mais detalhes possíveis, ou seja, fazer além do que foi pedido.
Pensa coletivamente, no bem da organização. Ensina. Colabora. Dá sugestões. É motivado a sempre fazer mais. Não reclama. É um guerreiro para fazer as coisas corretamente. Sabe exatamente do seu compromisso com a empresa. Pensa de forma estratégica, está sempre se preocupando com os rumos da empresa, tem visão sistêmica, visualiza novos horizontes e busca melhorias para sua companhia. Se alguém fala mal da empresa, sai em sua defesa, checa e desfaz o mal entendido.
O funcionário pai d’égua faz tudo isso achando sempre que pode fazer mais.
Nas organizações em geral notamos estes tipos de comportamento que a exemplo do que disse Jack Welch, as empresas são compostas por este tipo de gente e que precisamos está de olho para que possamos saber tratar cada um no grupo que este deve ser tratado.
Não sei se é possível, mas não custa nada querer formar em sua empresa um time completo de funcionários pai d’égua.
E você? Que tipo você quer ser?
Rafael Queiroz
É Formado em Gestão de RH, Graduando em Administração de Empresas e Pós-graduando em Marketing Estratégico.
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