O filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, em seu livro: Qual é a tua obra? — Inclusive, recomendo a todos como uma leitura reflexiva sobre o seu cotidiano no trabalho — Ele diz que “poiesis é vocábulo grego mais próximo à ideia de ‘obra’, ‘legado’, aquilo que faço e no qual me encontro e me reconheço”. Vamos entender um pouco mais sobre essa poiesis. Por exemplo, se perguntarmos às pessoas o que Leonardo Da Vinci fazia, com certeza, a maioria responderia que ele era um pintor. Todavia, essa é uma visão míope de trabalho.
Da Vinci não pintava quadros apenas, ele representou uma época através de suas obras, estas que perduram até hoje, nos remetem ao passado e muitos se perguntam o porquê de cada uma delas. Suas obras modificaram a maneira de pensar dos artistas de sua época e têm inspirado outros ao longo de todos estes séculos. Além disso, sua obra vai muito além da arte. Da Vinci se destacou ainda como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Ele foi um dos primeiros a conceber ideias muito à frente do seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso de energia solar, uma calculadora, e uma teoria rudimentar sobre as placas tectônicas.
Para que você possa se situar no tempo, estamos falando de 1452 a 1519, período em que ele viveu. Leonardo Da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido à sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Mas o conhecemos apenas como o pintor de quadros (A Mona Lisa e a Última Seia, seus quadros mais famosos). Você agora pode está se perguntando aonde que quero chegar com isso!
Bem, da mesma maneira que vemos Leonardo Da Vinci como um pintor e não contemplamos sua poiesis, fazemos o mesmo como nosso próprio trabalho, ou melhor, nossa poiesis. Você já parou para refletir qual é obra que você realiza? Tente se imaginar dentro do grande contexto em que você está inserido e visualize tudo o que você realiza. Você acha que é um Atendente de Telemarketing, ou um Supervisor, ou Analista, ou qualquer outra função que exerça? Sua obra é muito maior, pode apostar!
Isso tudo é culpa da nossa visão míope, de não conseguirmos enxergar o nosso mundo e aquilo que fazemos dentro de um todo, nossa OBRA. Sua poiesis aqui na Central, por exemplo, não atender, isso é uma visão míope, mas sim servir qualidade aos clientes, satisfazer suas necessidades, resolver problemas de cada ligação, emprestar seus ouvidos para receber reclamação, melhorar a imagem da empresa, contribuir com os objetivos organizacionais, absorver críticas, ouvir histórias diversas, contribuir com a melhoria no atendimento. Na sua vida pessoal, podemos citar como obra sua, as contribuições sociais como indivíduo, quando da campanha DOE, suas doações fizeram toda a diferença. Quando você ajuda ao mendigo, ao pobre, através de esmolas, ou quando você ajuda a senhora a carregar as sacolas da feira.
Outra obra está na sua capacitação quando você procurar estudar, se aprimorar, enriquecer seus conhecimentos em favor de construir um futuro melhor. Se talvez você ainda não havia enxergado a poiesis que produzia é hora de refletir tudo aquilo que você faz. Sua obra é muito maior.
Penso que a partir da leitura desta resenha, ao lhe perguntarem em que trabalha, com certeza, você perguntará à pessoa: “Você tem quanto tempo para me ouvir sobre minha poiesis?”. Espero que você consiga enxergar a obra que você produz e que este texto possa melhorar sua perspectiva e olhar crítico sobre trabalho.
Adaptado do Livro: Qual é tua obra? Por Mário Sérgio Cortella, Editora Vozes.
Rafael Queiroz
Formado em Gestão de RH, graduando em Administração de Empresas e Pós-graduando em Marketing Estratégico.
Rafinha, seu blog tá SUCESSO. Continue escrevendo, que já virei fã.
ResponderExcluir